segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Realidade na Sala de aula!


Numa visita dentro de uma sala de aula de EJA, a primeira coisa que pude notar foi que a mesma é infantilizada pelo fato da sala de aula normalmente ser a mesma que de uma sala de aula de alfabetização infantil, com cartazes baseados em cartilhas de “ba bá”. No entanto encontram-se jovens e adultos que muitas vezes acabam por desistir de continuar seus estudos por se sentirem tratados como crianças.
Esse público normalmente já é tratado com menosprezo pelo simples fato de não terem estudado na idade “apropriada”, portanto já se sentem diminuídos perante a sociedade e ainda quando vão em busca do tempo perdido encontram um ambiente não propício a sua realidade de vida.
Fora o próprio ambiente ao seu redor ser assim, ainda o professor acaba por passar conteúdos também infantilizados, o qual para os alunos de EJA acaba por não despertar interesse, pois o que eles querem na verdade é recuperar o que deixaram para trás e é nesse sentido que o professor deve ter a didática de reconhecer isso e passar o que realmente importa para eles. Na verdade a maioria mesmo sendo analfabetos, possuem conhecimento das letras na vida real, diferentemente da criança. Os alunos dessa modalidade já possuem uma vida de trabalho, entre outros exemplos, onde se utilizam de um mundo onde as letras e números são obrigatórios.
 Portanto ao analisar o contexto geral da sala de aula da EJA foi apreendido que em todas as épocas da vida é possível sim aprender e desenvolver conhecimentos mas deve-se ter a consciência de que para cada tipo de aluno o professor deve estabelecer tipos diferentes de aulas.
As finalidades e funções específicas da modalidade de ensino destinada aos jovens e adultos “indicam que em todas as idades e em todas as épocas da vida, é possível se formar, se desenvolver e constituir conhecimentos, habilidades, competências e valores que transcendam os espaços formais da escolaridade e conduzam à realização de si e ao reconhecimento do outro como sujeito” (BRASIL, 2000, p.11). A partir dessa concepção de educação na modalidade EJA, abre-se um novo campo de discussões e reflexões sobre as concepções pedagógicas vigentes na educação brasileira e na formação dos docentes que atuam/atuarão nessa área.

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